O Brasil pode se tornar o terceiro maior mercado de jogos do mundo caso seja aprovado o Projeto de Lei (PL) 2.234/2022, que autoriza o funcionamento de cassinos, bingos e jogo do bicho no país. A estimativa é Federação de Hotéis, Restaurantes e Bares do Estado de São Paulo (Fhoresp).
Segundo a Fhoresp, a legalização do mercado no país traria investimentos de mais de R$ 382 bilhões no setor, impulsionando o turismo brasileiro. Na última quarta-feira (20), o Projeto de Lei foi aprovado na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado Federal com 14 votos contra 12, seguindo agora para o plenário do Senado. Caso aprovado, restará apenas a sanção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para que a medida se torne lei.
A expectativa é que o tema seja debatido no plenário do Senado durante o segundo semestre deste ano, segundo a Fhoresp. A federação ainda afirma que, mesmo antes da aprovação do texto na CCJ, 56 empresas estrangeiras do ramo já visitaram o Brasil para sondar locais e regiões para a implantação de possíveis operações.
“O placar dá mostras de que o Senado está a favor de trazer novos investimentos ao Brasil, que tem tudo para se tornar destino competitivo no ramo de jogos, gerando emprego e renda, inclusive para bares e os setores hoteleiro e gastronômico”, comemora Edson Pinto, diretor-executivo da Fhoresp.
O diretor de Hospitalidade e Jogos da Fhoresp, Bruno Omori, falou sobre as modalidades de casas de jogos que poderão fazer parte do formato brasileiro. O modelo mais amplo e conhecido é o de cassino integrado a um resort, similar ao que acontece em Las Vegas, nos Estados Unidos, e Macau.
“Na proporção, o estado de São Paulo poderá ter até três cassinos neste formato, porque abriga mais de 40 milhões de habitantes. Rio de Janeiro e Minas Gerais contarão com duas unidades cada, uma vez que abarcam mais de 20 milhões de moradores. Nos demais estados, será um estabelecimento do gênero, cada”, calcula o diretor de Hospitalidade e Jogos da Fhoresp. Cassinos turísticos, em um formato menor, e casas de bingo também fariam parte do mercado.
