A segurança é um dos pilares fundamentais da atuação da StarsPay. Visando educar clientes e consumidores sobre esse assunto tão importante, já produzimos artigos sobre um dos golpes mais comuns envolvendo Pix, dicas para se proteger de golpes online, as principais formas de fraude em pagamentos online, entre outros.
Nesta última semana, um novo golpe envolvendo o Pix virou assunto nas redes socias. Por isso, preparamos mais um artigo sobre o tema de antifraude, explicando como funciona o golpe do “Pix errado” e as medidas simples que podem evitar que uma pessoa sofra prejuízo na mão dos criminosos.
Como funciona?
A fraude viralizou após diversas publicações de influencers sobre o tema. Ela envolve o acesso dos golpistas a dados pessoais, um contato inesperado e um detalhe que faz toda a diferença no convencimento da vítima. Tudo começa com uma mensagem recebida de um desconhecido. Essa pessoa alega que um Pix foi feito de forma equivocada para sua conta, pedindo o estorno do valor.
Nesse ponto, se a pessoa contatada acessa sua própria conta, percebe que, de fato, recebeu uma transferência inesperada no mesmo valor citado pelo fraudador, o que dá credibilidade à história. O golpista também usa de elementos de engenharia social, destacando a importância desse dinheiro em seu orçamento e pedindo encarecidamente que o montante seja transferido a uma nova conta.
Não ciente de que se trata um golpe, a vítima realiza a transferência, acreditando estar ajudando alguém que cometeu um equívoco. É nesse momento que o golpista aciona o Mecanismo Especial de Devolução (MED), recurso criado pelo Banco Central justamente para combater fraudes, alegando que foi vítima de um golpe. O pedido é recebido pelo banco, que analisa a movimentação do dinheiro e percebe que o montante recebido em sua conta foi rapidamente transferido para uma terceira conta, prática comum em casos de golpe.
Ao entender que uma fraude ocorreu, o banco retira do saldo da real vítima o valor correspondente, repassando-o ao golpista como se fosse a devolução legítima de um golpe. Assim, a pessoa fica sem o valor que havia recebido “por engano” e também perde esse mesmo valor como se tivesse realizado uma fraude. Por exemplo, uma pessoa com R$ 1 mil na conta, recebe o “Pix errado” de R$ 500 e fica com R$ 1.500. Após realizar a “devolução”, volta a ter R$ 1 mil. No entanto, com o acionamento do MED e a análise do banco, mais R$ 500 seriam retirados da conta, deixando o saldo final em R$ 500.
Como evitar?
A boa notícia é que algumas medidas simples podem evitar que o usuário caia nesse golpe. Primeiro, vale ressaltar que qualquer mensagem recebida de um número desconhecido já deve ser vista com bastante desconfiança, principalmente se o assunto envolver dinheiro, falar sobre supostas oportunidades de renda ou similares. Na gigantesca maioria das vezes, se trata de um golpe, ainda que seja menos óbvio em alguns casos.
O segundo ponto é que, ao receber um Pix inesperado e possivelmente por engano, a pessoa deve acionar a opção “Devolver dinheiro”. Esse recurso de estorno também foi criado pelo Banco Central para o caso de transferências equivocadas. Quando acionado, realiza o reembolso do montante recebido de volta para a conta que enviou. Assim, se o golpista acionar o MED, a análise mostrará que não houve repasse do valor para uma terceira conta, não configurando golpe e impedindo o prosseguimento da fraude.